Fernando Pessoa é conhecido como um génio. Eu não digo que discorde
totalmente dessa opinião, mas a concordância também não é total.
Fernando Pessoa era uma pessoa que se isolava bastante, pois tinha
grandes dificuldades em criar laços fosse com quem fosse. Contudo, como uma
alma perdida, como uma pessoa cheia de agonia e com a infelicidade que reinava
sobre ele, até fez um bom trabalho, aliás, excelente! Apesar de só ter tido o
seu devido reconhecimento após a sua morte.
Na minha opinião, tudo tem uma razão de ser e talvez, se Fernando Pessoa
tivesse vivido uma vida feliz, estável e a solidão nunca pairasse sobre si, o
sucesso muito provavelmente não teria sido o mesmo. Pena Pessoa não ter estado
vivo para poder, finalmente, vivenciar um pouco da sua felicidade e sucesso
merecidos.
Em relação aos seus três heterónimos mais badalados, isto é, Alberto
Caeiro, Ricardo Reis e Álvaro de Campos, eu gostaria de me identificar um pouco
com o Mestre, ou seja, Alberto Caeiro, em relação ao sentir e não pensar e de
apenas viver o presente sem pensar no futuro nem no destino e, sinceramente,
quem não iria querer ser assim? Aliviar-nos-ia da demasiada ansiedade que
sentimos todos os dias por pensarmos de mais e tudo seria mais calmo e sem
tantas preocupações.
Em suma, na realidade, acho que não me identifico com nenhum dos
heterónimos de Fernando Pessoa, mas, como disse anteriormente, não me
importaria nada de me identificar com Alberto Caeiro, o Mestre.
Liliana
Nascimento, n.º 11, 12.º I - Profissional
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