"Quem
semeia ventos, colhe tempestades"
Hoje, dia 7
de janeiro, assinala-se o primeiro aniversário da morte de doze pessoas, em
Paris, vítimas do atentado contra o jornal satírico francês denominado: "Charlie Hebdo", tendo sido assim um
verdadeiro ataque à liberdade de expressão.
A partir
desse dia, muitas foram as pessoas que publicaram nas redes sociais a
"célebre" frase francesa: "Je
suis Charlie" (Eu sou Charlie). Eu limitei-me apenas a unir-me ao
mundo em oração pelas pobres almas que sofreram tal atentado. Contudo, também
lamentei a atitude por parte do jornal, uma vez que acabou, em certa medida,
por não respeitar a liberdade do outro, bem como as suas crenças/ideais.
Costumo
dizer que para se ser respeitado é necessário respeitar. Não se pode aclamar um
direito humano, como o da "Liberdade de expressão", a injuriar o
nosso semelhante e, neste caso, pondo em causa o respeito pelas crenças e
ideais religiosos, políticos e sociais de um povo.
Em primeiro
lugar, deveremos dar o exemplo atuando com respeito para o recebermos de volta!
Claro que
não estou a elogiar, de maneira nenhuma e longe disso, a atitude bárbara dos
terroristas. Porém, a meu ver, a ação por parte do diretor do jornal e dos seus
cartoonistas também não foi a mais correta. Do meu ponto de vista, o jornal em
causa criticou não só a religião Islâmica mas também a Católica a ponto de
fazer desenhos "Imundos" com Nosso Senhor. E "Com Deus não se
brinca!". Para além disso, criticou os valores de um povo marcado, muitas
vezes, pelo fanatismo doentio de alguns dos seus membros, que acabaram por
reagir de forma fatal. Eu, como cristão, lamento profundamente as atitudes que
foram tomadas. De facto, não é com o mal que se combate o mal. Apenas rezemos,
que Deus fará o resto. Por isso, continuo a dizer: Liberdade de expressão? Sim!
Liberdade e respeito pelos ideais políticos, religiosos, sociais e culturais?
Também é um Direito Humano e, em Paris, não foi de todo respeitado.
Não estou
com Charlie. Não estou com os
terroristas. Rezo, sim, por eles.
Longe de mim
escrever "Je suis Charlie",
pois sou cristão e não gostei do que vi.
Pedro Costa, n.º 12, 11.º E
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