A comemoração do 1.º de Maio, Dia do Trabalhador, remonta a 1 de maio de
1886, quando 500 mil trabalhadores saíram às ruas de Chicago, nos Estados
Unidos da América, em manifestação pacífica, exigindo a redução da jornada para
oito horas de trabalho, a qual chegava às dezassete horas. A polícia reprimiu a
manifestação, dispersando a concentração, depois de ferir e matar dezenas de
operários.
Mas os trabalhadores não se deixaram abater, todos achavam que eram
demasiadas as horas diárias de trabalho, por isso, no dia 5 de Maio de 1886,
quatro dias depois da reivindicação de Chicago, os operários voltaram às ruas e
foram novamente reprimidos: oito líderes presos, quatro trabalhadores
executados e três condenados a prisão perpétua. Foi este o resultado desta
segunda manifestação.
A luta não parou e a solidariedade internacional pressionou o governo
americano a reconsiderar a sua posição face aos operários.
Em 1889 o Congresso Operário Internacional, reunido em Paris, decretou o
1.º de Maio, como o Dia Internacional dos Trabalhadores, um dia de luto e de
luta. E, em 1890, os trabalhadores americanos conquistaram a jornada de
trabalho de oito horas.
Outros países se seguiram no reconhecimento deste direito laboral.
Em Portugal a sua celebração foi reprimida pela polícia política durante
a ditadura do Estado Novo.
Claro que o 1.º de Maio mais extraordinário realizado até hoje, em
Portugal, com direito a destaque certo na história, foi o que se realizou oito
dias depois do 25 de abril de 1974.
Apenas depois da Revolução de Abril de 1974, é que o 1.º de Maio adquire
valor como o Dia do Trabalhador e passa a comemorar-se livremente, adquirindo
estatuto de feriado nacional.
O trabalho que hoje apresentamos foi desenvolvido pelos alunos de
História, à semelhança de outros que estamos e iremos continuar a publicar, em
solicitação da Câmara Municipal de Anadia para a Comemoração do Dia 25 de
Abril. Face ao contexto atual, e à semelhança de muitas outras atividades, tudo
ficou interrompido.
Face ao exposto e muito embora este trabalho da Margarida, do 9.º E, dê
um especial enfoque ao trabalho da Mulher, pareceu-nos completamente adequada a
sua publicação nesta data.
Graça
Matos e Teresa Carapinha, Professoras
Sem comentários:
Enviar um comentário