A criação
de uma data para celebrar a Mulher surgiu no final do século XIX e início do
século XX na Europa e nos Estados Unidos, fruto das lutas travadas no sentido
de as mulheres conseguirem melhores condições de vida e de trabalho, bem como
por causa da sua luta pelo direito de votarem em igualdade de circunstâncias
aos homens.
Aquando
da Segunda Conferência Internacional das Mulheres Socialistas, realizada em
Copenhaga a 26 de agosto de 1910, a líder socialista alemã Clara Zetkin propôs
a instituição de uma celebração anual das lutas pelos direitos das mulheres
trabalhadoras, apesar de já anteriormente tivesse sido celebrado em 1909,
embora fosse efetuada em diferentes dias de fevereiro e março, dependendo do
país.
A primeira
celebração ocorreu no dia 28 de fevereiro desse ano de 1909 nos EUA, a que se seguiram
manifestações e marchas em outros países europeus nos anos seguintes.
Esta
celebração anual reflete a luta das mulheres pela igualdade de direitos em
diversos âmbitos, nomeadamente, económico, social, de trabalho e políticos,
nomeadamente o movimento sufragista.
Neste
dia, devemos recordar um tema muito atual: a violência sobre mulheres, que em
Portugal tem assumido contornos brutais. No presente ano, já faleceram 14 pessoas vítimas de violência doméstica, uma era uma bebé de dois anos, a
pequenina Lara. Para além dela, foram já 12 as mulheres e 1 homem que foram
vítimas de violência doméstica este ano.
Cansada - "Hino" da APAV, participação das artistas:
Aldina Duarte, Ana Bacalhau, Cuca Roseta,
Gisela João, Manuela Azevedo, Marta Hugon, Rita Redshoes e Selma Uamusse
Assim,
este dia 8 de março deve ser visto como um grito da Mulher, de muitas mulheres,
que se veem, para além de injustiçadas pela desigualdade, nomeadamente de
acesso a cargos políticos, de emprego e a nível salarial, vítimas de violência
física e psicológica.
Elaine Perez Caparroz, de 55 anos, vítima de espancamento por
Vinícius Batista Serra, de 27 anos. Rio de Janeiro, fevereiro de 2019
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