Há muitos anos, no tempo em que os ricos desprezavam
os pobres, num reino longínquo, existia um enorme castelo onde habitava
uma menina chamada Inês, por sinal, muito antipática e mimada.
Certo dia, enquanto o seu pai António III falava
com ela, Inês gritou com o seu pai e, nesse momento, ela levou um ralhete dele,
mas mesmo assim continuou a tratá-lo mal.
No dia seguinte, quando ela se levantou, o seu pai
tinha as suas malas à frente da grande porta castanha do castelo. Inês, ao
ver as suas malas, intrigada, perguntou-lhe a razão pela qual estavam ali.
- Minha filha, sabes que eu sou teu pai, não sabes? -
indagou ele.
- Sim, sei, e o que tem?
- Como sabes, toda a gente tem um limite de paciência
e o meu durou muitos anos, só que agora chegou a hora de te comportares de
forma correta como menina que és.
- Cala-te! – gritou ela, desesperada.
- Inês, cansei-me das tuas atitudes! Por isso, peço-te
que saias desta casa.
- Já que tanto insistes, adeus!
- Podes voltar, quando te souberes comportar de forma
humilde e educada.
- Adeus! - dito isto, saiu, sem olhar para trás e sem
uma ponta de arrependimento.
Passado algum tempo, Inês, enquanto caminhava à
procura de abrigo, viu muita pobreza, solidão e desespero pelas ruas, onde
mulheres e crianças imploravam por comida, homens procuravam que alguém lhes
desse emprego e os mais idosos encontravam-se numa situação de abandono.
A rapariga, assim que viu a situação em que esses
sobreviventes se encontravam, ficou com receio que algo de mal lhe
acontecesse. Contudo, momentos depois, apercebeu-se que poderia ajudá-los,
arranjando emprego aos homens, dando comida às crianças e mulheres bem como
medicamentos e abrigos aos idosos, e assim com este ato de bondade passou a ser
defensora de todos, lutando de igual modo pela igualdade de todos.
O seu pai vendo, então, as atitudes da sua filha,
decidiu voltar a aceitá-la em casa. E assim viveram felizes para todo o
sempre.
Daniela
Santos, n.º 8- 8.º F
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