11 de fevereiro
Hoje
comemora-se o dia de todos aqueles que deveremos considerar ser verdadeiros
lutadores, de todos aqueles que estão quase à beira do precipício, prestes a
cair. Contudo, não fecham os olhos nem cruzam os braços e, com toda a coragem,
enfrentam a realidade que a vida lhes predestinou.
Hoje
é o Dia do Doente!
É
o dia daquelas pessoas que, muitas das vezes, ninguém conhece, mas que são
muito mais dignas de serem felizes que muitas outras que têm a sorte de estar
saudáveis e, como tal, têm a possibilidade de poder correr, falar, saltar,
cantar, dançar, rir, tocar, gritar… Enfim, realizar todas as coisas
extraordinárias a que um ser humano tem direito e que ainda se podem dar ao
prazer de fazer, mas às quais nem sempre dão valor.
Em
contrapartida, todos aqueles que se sentem mais frágeis por motivos de saúde
serão, provavelmente, as pessoas mais corajosas à face da Terra, pois, são
muitas as que, mesmo com dores, se levantam todos os dias para ir para o
hospital, despojado de cor e de felicidade, mas mesmo assim tentam sempre ver o
lado positivo da sua longa caminhada e, mesmo sofridas, chegam ao local com um
sorriso enorme na cara. De facto, sabem que, por muito mal que estejam, por
muito que seja o seu sofrer ou que sejam grandes os seus problemas, sorrir,
independentemente das dores que as assola, será o ponto de partida para poderem
combater a dor, contando sempre com a ajuda de alguém que estará de braços
abertos para lhes dar o seu apoio.
Muitas
das vezes, estamos perante pessoas que vivem cada dia como se fosse o último,
sempre a sorrir e procuram estar sempre junto daqueles que mais amam e que se
preocupam com elas. Consequentemente dão valor a todas as pequenas dádivas da
vida e fazem-no de cabeça erguida como, por vezes, muitos outros não são
capazes de fazer. Isto, sim, é notável! É, indubitavelmente, algo digno de
aplausos, de se mostrar ao Mundo, de se gritar bem alto e dizer: “EU TENHO
ORGULHO EM SI, PORQUE É UM LUTADOR!”, mesmo que muitas vezes nem todas as
histórias tenham um final feliz. Pois, todos nós sabemos que, infelizmente, a
vida real não é como nos contos de fadas e, por esse mundo fora, muitas serão
aquelas pessoas que acabarão por cair no esquecimento, apesar de terem
enfrentado uma longa caminhada, marcada pela dor e sofrimento, porém, guiadas
pela esperança, persistência e força de vontade.
Em
jeito de conclusão, caros leitores, é importante estarmos atentos a todos
aqueles que nos rodeiam, para sentirem da nossa parte o carinho, que muitas das
vezes pode vir a fazer maravilhas na vida de quem se encontra mais fragilizado
quer física quer psicologicamente.
Matilde Santos, O Ciclista, n.º 13, 11.º A
Sem comentários:
Enviar um comentário