José Luciano de Castro Pereira
Corte-Real nasceu em Oliveirinha, Aveiro, a 14 de Dezembro de 1834 e faleceu em Anadia, a 9 de Março de 1914. Faz
hoje precisamente um século, por isso, O
Ciclista não quis deixar de prestar uma homenagem a esta figura publica
nacional, mas que também foi muito importante no nosso concelho e que teve igualmente
um grande significado no nosso Agrupamento.
José Luciano de Castro, nome pelo qual ficou mais conhecido, foi advogado,
jornalista e político que se notabilizou como um dos fundadores do Partido Progressista, ao qual presidiu a partir da morte de Anselmo José Braamcamp, em 1885. Deputado, ministro e
presidente do Conselho de Ministros em diversas ocasiões, incluindo durante o
ano de 1890, quando a 11 de Janeiro Portugal recebeu o ultimato britânico, do qual resultou a queda do seu governo e o
início de uma longa crise política que terminou na implantação da República Portuguesa a 5 de Outubro de 1910. Foi ainda par do Reino, conselheiro de Estado; diretor-geral dos Próprios
Nacionais; vogal do Supremo Tribunal Administrativo e governador da Companhia Geral de Crédito Predial
Português.
Com a Alcunha de "A velha raposa", foi decerto uma das mais proeminentes figuras da cena política portuguesa nas últimas três décadas da Monarquia Constitucional Portuguesa, à qual se manteve sempre fiel, mesmo depois do seu derrube, em 1910.
Com a Alcunha de "A velha raposa", foi decerto uma das mais proeminentes figuras da cena política portuguesa nas últimas três décadas da Monarquia Constitucional Portuguesa, à qual se manteve sempre fiel, mesmo depois do seu derrube, em 1910.
Desde 1854 e enquanto ministro e deputado, apresentou às cortes diferentes propostas e projetos de lei, conforme consta do
Diário das Sessões da Câmara dos deputados, acompanhados
de relatórios importantes. Pertenceu a grande número de comissões parlamentares
e extraparlamentares.
No seu primeiro livro, Questão das subsistências, datado de
1856, editado quando ainda era um jovem deputado de 21 anos de idade, embora já
colaborasse ativamente em vários jornais políticos, mostra a firmeza de
princípios e a fé patriótica que, por mais de meio século, marcou a sua
carreira pública. Dedicando-a a António Rodrigues Sampaio.
Em 1865 casa com a filha de Alexandre Ferreira de Seabra, advogado, jurisconsulto e presidente
da Câmara Municipal de Anadia, que seria autor de um projeto
de Código de Processo Civil concluído em 1869. Na sequência do seu casamento com Maria Emília Cancela Seabra, radica-se em Anadia.
Em 1869 e retratando a posição de
charneira que José Luciano de Castro assumiria, Camilo Castelo Branco afirmava: É um desses homens que têm um destino
fadado lá em cima, uma missão arrojada a cumprir cá em baixo: um caminho de
glória a seguir para a esquerda, um capitólio de mexilhões cristalizados a
chamá-lo para a direita.
Permanece em Lisboa até ao Verão de
1913 quando decidiu, já doente, partir para a sua casa em Anadia, onde faleceu no ano seguinte.
Foi sócio correspondente da Real Academia de Jurisprudencia y Legislación, de Madrid, e sócio
honorário da Associação dos Advogados de Lisboa. A
sua ligação a Anadia é recordada no nome da unidade de saúde que serve aquela
localidade, o Hospital de José Luciano de Castro.
Recordamos, ainda, que quando foi
inaugurada e durante longos anos a atual Escola Básica nº 2 de Anadia, teve o
seu nome. Para aqueles que não sabem fica a informação, para os que sabem a recordação:
Escola
Preparatória José Luciano de Castro!
Graça Matos, O Ciclista
Nota:
Adaptações feitas a partir
da Wikipédia.
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