Hoje, mais do que nunca, defender os direitos
humanos exige coragem. Hoje, mais do que nunca, precisamos da coragem e não
podemos deixar que se extinga.
Para isso, junte-se a nós no maior evento de
direitos humanos a nível mundial: a Maratona de Cartas.
A Maratona de Cartas decorre após a seleção de um
conjunto de casos pela Amnistia Internacional, sendo que este ano todos dizem
respeito a defensores de direitos humanos que se encontram em risco.
Atualmente, estes defensores arriscam a sua segurança para defender os direitos
de outros, todos os dias. Defendem liberdades, desafiam as injustiças e lutam
para garantir que todos são tratados de forma justa. Agora precisam de todos
nós.
Semelhante aos anos anteriores, também em 2017 as
cartas, petições e postais que nos chegarão serão depois enviados para as
respetivas autoridades entidades competentes em cada caso, como forma de
exercer pressão a favor das pessoas em questão. Assim, até dia 15 de janeiro, a
Maratona chegará a mais de 150 países, tornando-se num dos maiores eventos de
ativismo a nível global!
As nossas palavras, cartas e ações têm mais
poder do que imaginamos.
Em 2016 batemos novos recordes nacionais e internacionais
que se traduziram em novas conquistas na esfera dos direitos humanos: de
Portugal foram enviadas mais de 265 000 cartas, que contribuíram para um envio
de mais de 4 milhões e 500 mil cartas a nível internacional!
Com a vossa participação pressionamos governos para
que seja tomada ação imediata em defesa dos direitos humanos, e de quem os
defende. Num mundo de incertezas, a Maratona de Cartas representa a
oportunidade nos fazermos ouvir ainda mais alto e de chegar ainda mais longe
pelos direitos humanos.
Assim, só faz sentido que sejamos cada vez
mais. Convidamos a participar em mais uma edição deste evento através da sua
assinatura.
A participação na Maratona de Cartas não tem
quaisquer custos e todas as pessoas, de todas as idades, poderão participar.
Dirija-se
à nossa Escola, a Escola Básica e Secundária de Anadia e assine!
Lembre-se: A sua assinatura tem mais poder do que imagina.
As cartas que pode
assinar - Casos em foco em 2017
Clovis Razafimalala – Defensor de Direitos Humanos em Madagáscar
Acusado por proteger a floresta tropical de Madagáscar
Clovis Razafimalala faz
tudo o que está ao seu alcance para proteger a ameaçada floresta tropical de
Madagáscar. As suas árvores de pau-rosa são valiosos recursos que se encontram
ameaçados por uma corrupta rede de traficantes empenhada em vendê-los, uma
prática que se tornou num verdadeiro comércio ilegal multimilionário. A coragem
de Clovis em salvar esta rara árvore cor de rubi trouxe-lhe muita atenção
indesejada, já que os traficantes o consideram um alvo, e o governo opta por
ignorar a situação. Clovis encontra-se atualmente a cumprir pena suspensa em
liberdade, após uma condenação com base em acusações falsas.
Farid Al-Atrash
e Issa Amro – Defensores de Direitos Humanos em Israel / Territórios
Palestinianos Ocupados
Enfrentam acusações por protestarem contra crimes de guerra
Farid al-Atrash e Issa
Amro querem o fim dos colonatos israelitas – um crime de guerra que resulta dos
50 anos de ocupação do território palestiniano. Dedicados ao ativismo pacífico,
os dois enfrentam ataques constantes por parte dos soldados israelitas e dos
colonos. Em fevereiro de 2016, Issa e Farid protestaram pacificamente contra os
colonatos e a ocupação israelita, face ao encerramento de uma rua onde se
localizava um dos principais mercados para palestinianos. Consequentemente, enfrentam
agora absurdas acusações formuladas para impedirem que o seu trabalho em
direitos humanos continue.
Os 10 de Istambul – Defensores de Direitos Humanos na Turquia
Presos por defenderem os direitos humanos
Neste preciso momento
encontram-se em perigo 11 pessoas que dedicaram a sua vida a defender os
direitos humanos de jornalistas, ativistas e outras vozes críticas na Turquia.
Entre esses 11 DDH encontram-se Taner Kılıç e İdil Eser, da Amnistia
Internacional na Turquia, e Özlem Dalkıran da Avaaz e da Citizens’ Assembly.
Conhecidos como os 10 de Istambul, em conjunto com Taner Kılıç, Presidente da
Amnistia Internacional na Turquia, todos se encontram sob investigação de
crimes relacionados com terrorismo – uma tentativa ridícula de travar o seu
ativismo em direitos humanos. Podem enfrentar até 15 anos de prisão.
Shackelia Jackson – Defensora de Direitos Humanos na Jamaica
Recusa-se a permitir que a polícia fique impune
Shackelia Jackson não
vai desistir. Quando o seu irmão Nakiea foi alvejado pela polícia Shackelia
iniciou uma corajosa luta para que fosse feita justiça, ainda que para isso
dependa de um sistema judicial muito lento. Ao iniciar este processo, ela
reuniu dezenas de pessoas cujos familiares foram assassinados de forma
semelhante. Em resposta, a polícia tem continuamente perseguido e intimidado a
sua comunidade. Mas Shackelia não será silenciada.
Sakris Kupila – Defensor dos Direitos Humanos na Finlândia
A coragem de lutar pelo direito de sermos nós próprios
Sakris Kupila nunca se
identificou como uma mulher. Contudo, este estudante de medicina de 21 anos,
enfrenta perseguições diárias uma vez que os seus documentos de identidade
afirmam que ele é mulher – o género que lhe foi atribuído à nascença. Para que
possa completar o processo de mudança é lhe legalmente exigido que seja
diagnosticado com um “distúrbio mental” e que seja esterilizado. Sakris opõe-se
a este tratamento humilhante e, apesar de todas as ameaças e hostilidade,
continuará a exigir que a lei seja alterada.
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