A cidade do Porto foi,
há 128 anos, o palco do primeiro movimento revolucionário com o objetivo de
lavar à implantação do regime republicano em Portugal.
O Batalhão de Caçadora
n.º 9, liderados por sargentos, dirigiram-se, na madrugada do dia 31 de janeiro
de 1891, para o Campo de Santo Ovídio, a atual Praça da República, onde se
encontra o Regimento de Infantaria 18. Pelo caminho associa-se a este o alferes
Malheiro, o Regimento de Infantaria 10, liderado pelo tenente Coelho e uma
companhia da Guarda Fiscal. Contrariamente, o coronel Meneses de Lencastre, do Regimento
de Infantaria 18, embora revoltado, não se associou a estes, demonstrando assim
a sua neutralidade no movimento revolucionário.
O cortejo para junto ao
antigo edifício da Câmara Municipal do Porto onde da sua varanda Alves da Veiga
proclama a Implantação da República, acompanhado por Felizardo Lima, António
Claro, Pais Pinto, Abade de São Nicolau, Verdial, Santos Silva, e outras
figuras. Verdial, ator, apresenta os titulares do governo provisório da
República: Rodrigues de Freitas, professor, Joaquim Bernardo Soares,
desembargador, José Maria Correia da Silva, general de divisão, Joaquim
d'Azevedo e Albuquerque, lente da Academia; Morais e Caldas, professor, Pinto
Leite, banqueiro e José Ventura Santos Reis, médico.
Para dar mais enfase ao
momento foi hasteada uma bandeira vermelha e verde, pertencente a um Centro
Democrático Federal.
O cortejo foi impedido
de prosseguir pela Guarda Municipal, posicionada na escadaria da igreja de
Santo Ildefonso. O capitão Leitão não conseguiu que a Guarda se juntasse a este
movimento, porque a Guarda solta uma forte descarga de fuzilaria, em resposta a
dois tiros que se acredita terem partido da multidão. Esta descarga vitimou
indistintamente militares revoltosos e simpatizantes civis, levando a multidão
civil a fugir, bem como alguns soldados.
Os restantes barricaram-se
na Câmara Municipal, mas, 10 horas da manhã, a Guarda, ajudada por artilharia
da serra do Pilar, por Cavalaria e pelo Regimento de Infantaria 18, sob as
ordens do chefe do Estado Maior do Porto, General Fernando de Magalhães e
Menezes levou estes à rendição.
Após a implantada da República
e em memória desta revolta, a Rua de Santo António foi rebatizada para Rua de
31 de Janeiro.
A seguir a esta ainda
se efetuaram mais duas revoltas de foro republicano, nomeadamente o Golpe do
Elevador da Biblioteca e o 5 de Outubro de 1910.
Equipa
d’O Ciclista
Nota:
Informação recolhida a partir da
Internet.
Imagem retirada da Internet.